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Como sairemos deste labirinto?

21:29

Das coisas que já nasceram quebradas eu sou a que conheço mais.

Dia após dia, aos poucos, um risco invisível me transpassa um pouco mais. Enraizado por dentro, porque ele é também quem eu sou.

Crack. Um passo.

Crack. Um sorriso no meio de uma conversa casual.

Crack. A certeza de que estou ocupando um espaço que não deveria. Seja lá qual for esse espaço.

Crack. Crack. Crack.

A rachadura sempre aumenta. Os dias passam. Algumas pessoas chegam, outras vão e a rachadura fica. Sempre. Maior.

Por mais quanto tempo ela vai crescer e por mais quanto tempo eu vou aguentar?

Crack…

“É preciso ter o caos dentro de si para gerar uma estrela dançante”, li de algo sobre Friedrich Nietzsche recentemente.

Espero que um dia eu dance até cansar num céu iluminado de música feita por mim.

Mas que ainda não conheço, porque todas as coisas que conheço só estão quebradas e não dançam.

Porque elas são o que eu sou.

E eu sou, de todas as coisas que já nasceram quebradas, a que conheço mais.

florejaste:

““É o seu melhor amigo, não importa o que ele te faça ou o quanto te magoe, só magoa tanto porque ele é teu melhor amigo. E ninguém é perfeito. Erros foram feitos para serem perdoados pelo melhor amigo; é isso que torna alguém oficialmente o melhor amigo.””

Entre o Agora e o Nunca  

(via florejaste)

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